Pega-pega, pular corda, pião… Só quem teve uma infância brincando nas ruas com os amigos e com brinquedos simples sabe o quanto tudo isso era divertido.
Hoje em dia, a tecnologia nos trouxe muitas coisas boas, que deixam nossa vida mais prática e dinâmica. No entanto, a sensação que muita gente tem é a de que certa magia se perdeu, uma vez que as crianças passam muito mais tempo na frente de celulares, tablets e computadores.
O mundo virtual é cheio de estímulos, cores e recompensas rápidas, e pode até parecer mais convidativo para os pequenos, porém, ele também oferece alguns perigos que devem ser motivo de alerta para os pais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso excessivo de aparelhos digitais na infância pode causar irritabilidade, ansiedade, depressão, déficit de atenção, hiperatividade, transtornos de sono e alimentares e sedentarismo, além de prejudicar a visão.
No entanto, existem algumas atitudes simples do dia a dia que podem ajudar os pais a manter os filhos longe das telas por mais tempo e se conectarem melhor com a vida real. Separamos algumas ideias interessantes de atividades que vão estimular a criançada a ser ativa, comunicativa e presente. Vem com a gente:
Incentive a prática de exercícios físicos
Muitas crianças não gostam de esportes e isso é comum. No entanto, existe uma boa possibilidade de que os pais ou cuidadores nunca tenham incentivado a prática de nenhuma atividade física, o que faz com que a criança acabe não tendo nenhuma referência de como isso pode ser divertido.
Se a ideia é deixar seu filho longe dos celulares, a dica é levá-lo para praticar atividades ao ar livre ou até mesmo matriculá-lo em aulas regulares do esporte que seja da preferência dele. Futebol, vôlei, queimada, natação ou até mesmo brincadeiras e corridas no parque são opções válidas.
Caso os pequenos não curtam a ideia ou não se adaptem, também é válido pensar em passatempos mais expressivos, como teatro ou dança. Mesmo que não sejam esportes propriamente ditos, as artes desenvolvem atenção, coordenação, disciplina e criatividade, além de fortalecerem a autoestima.
Mais diálogo
Se a criança sente muita necessidade de se isolar e se distrair com o mundo virtual, pode ser que ela não se sinta totalmente inserida no núcleo familiar. Conversar mais com os pequenos, trazendo temas, perguntando a opinião deles e instigando-os a pensarem sobre os assuntos são ótimas práticas para reverter essa situação.
Quando um lar é estimulante, cheio trocas de ideia e aprendizados, os filhos se sentem como seres atuantes no funcionamento das relações sociais e têm menos necessidade de se refugiar no mundo deles. A dica é conversar sempre, olho no olho, para que eles recorram menos às interações virtuais.
Atividades no estilo “faça-você-mesmo”
Estimule a imaginação, a coordenação motora e a autonomia da criançada com atividades de DIY, no bom estilo “faça-você-mesmo”. Blocos de montar, desenho, pintura, jardinagem ou até mesmo algumas receitas simples de culinária podem fazer qualquer criança largar as telas por algumas horas.
Ter contato com a terra, com a água e com brinquedos de encaixe e de madeira é muito importante para o processo de descoberta infantil. Nessa era de muita euforia e pressa, incentivar ao máximo as atividades manuais é garantir que os pequenos vivenciem a espera e aprendam com ela lições valiosas.
Existem clubes de assinatura que enviam desafios lúdicos todos os meses para a criançada brincar em casa, com todo conforto e praticidade. As boxes são uma ótima pedida naquele momento em que os pais já não sabem mais como surpreender os pequenos.
Despertando a paixão e a curiosidade
Uma criança que tem paixões, preferências e sede de conhecimento consegue se conectar muito melhor com o ambiente em que vive. Por isso, a dica é sempre reparar se o seu filho ou sua filha tem aptidão para alguma coisa ou se simplesmente demonstra muito interesse em alguma atividade.
Ler livros, fazer pequenas experiências científicas, ir ao teatro… Existem muitas possibilidades e é a criança quem deve dar os primeiros sinais de que aquilo a inspira – e o papel dos pais é ficar de olhos bem abertos na hora em que esse interesse se manifestar.
No entanto, tome cuidado para não pressionar demais a criança a executar atividades que ela acabou largando. Isso é muito comum e esse processo de abandono também precisa ser respeitado.
Amizades do mundo real
Se o seu filho tem alguma amizade especial na escola, isso também pode ser uma boa ideia para mantê-lo longe dos eletrônicos. Permita que as crianças brinquem juntas, proponha gincanas, atividades e deixe que o laço entre as duas seja aproveitado.
Controle o tempo
Apesar das dicas anteriores serem interessantíssimas, sabemos que não é sempre que elas vão funcionar. Por isso, ainda é necessário controlar o tempo de exposição da criançada às telas dos aparelhos tecnológicos.
Essa dica não deve ser encarada como uma punição, até porque os entretenimentos eletrônicos trazem experiências de desenvolvimento infantil que também são válidas. No entanto, administrar o tempo de uso e inserir outras atividades na sequência para os pequenos é a atitude mais correta para evitar problemas de saúde e de dependência tecnológica no futuro.
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